5 de março de 2020

QUANTO VALE UMA ALMA


Texto:

“E outra vez, começou Jesus a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar, e toda a multidão estava em terra junto ao mar (Mc 4.1).”
“E naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra margem (Mc 4.35).”
“E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos (Mc 5.1).”

Introdução

Como é lindo ver Cristo ensinando seus colégio apostólico o valor de uma alma. Depois de um dia inteiro de ministrações Jesus tem uma ideia que não era muito boa para os padrões náuticos da época, fazer a travessia do mar da Galileia até Gadara no período noturno, ainda mais um lago de 21 km de comprimento por 14 km de largura.

Você já se perguntou o propósito dessa viagem? Porque viajar a noite? Porque gastar tanto tempo na ida, como também na volta e ficar pouquíssimo tempo no destino?

E a resposta pra todas as perguntas é uma só. Um homem possesso, Jesus queria liberta-lo.
Mas, ao mesmo tempo que a resposta é uma só. O proposito em relação aos discípulos também é um só. Ensinar o valor de uma alma e quanto devemos sofrer para ganha-las.

Fatores interessantes do texto:

1.       Deixando a praia - Mc 4.1,35
Embora na praia: TENHA JESUS, DOUTRINA E AMIGOS (Mc 4.1,2). A ordem de Jesus é: “saiamos daqui e vamos para o outro lado”. Jesus está levando os discípulos para uma aula pratica. Porque aprender a teoria se eu não colocar em pratica? Deixar a praia não é fácil, porém, algumas situações é necessário!

2.       Jesus garante o êxito da viagem – Mc 4.35
Jesus estava imensamente cansado devido um dia de ministrações, mas isso não lhe impediu de atravessar. Não obstante ao cansaço era tarde para a viagem. A expressão: “passemos para a outra margem” era a garantia do êxito da viagem.
Jesus disse isso porque já se via do outro lado. Porque promessa e Realidade para Jesus é a mesma coisa.

3.       Jesus deixa a multidão – Mc 4.36
A multidão “NEM SEMPRE” é a prioridade de Jesus. No meio da massa tem um alguém que é a prioridade do Mestre. O Senhor pregou o dia inteiro para uma multidão de gente mas deixou todos ali na praia para ir em direção de UM HOMEM DO OUTRO LADO DO LAGO.
Será que os pregadores midiáticos de hoje deixariam de pregar pra multidões na beira da praia para ir pregar para um homem endemoniado?

4.       A tempestade – Mc 4.37, Mt 8.24, Lc 8.23
Mateus diz que o barco era varrido pelas ondas (Mt 8.24). Marcos diz que se levantou grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco (Mc 4.37). Lucas diz que sobreveio uma tempestade de vento no lago, correndo ele o perigo de soçobrar (Lc 8.23).
E pensar na tempestade é paradoxal! Porque se Cristo quer chegar do outro lado e tem uma missão em Gadara. Porque ele colocaria um impedimento no seu próprio caminho visto que é Ele que controla todas as coisas? Jesus na verdade não permite a tempestade pra Ele mas para os discípulos. A função da tempestade naquele contexto não era impedi-los de chegar visto que Jesus disse que chegariam. A missão da tempestade é ensinar. Ela é pedagógica. Ela é didática. Cristo queria mostrar pra eles muitas coisas dentre elas o preço que se paga pra ganhar uma alma. Almas se ganham vencendo tempestades!

5.       A almofada – Mc 4.38
É interessante pensar que dentro de um barco tem uma almofada e Jesus se apoderou dele e descansou em meio a tantos ventos. De um lado Jesus dormindo e do outro os discípulos tentando controlar a embarcação a todo custo apossados de remos em suas mãos, visto ser um elemento de transição. Eles querem de qualquer forma sair dali.
Em uma viagem com Jesus no barco não leve remo, leve somente uma almofada e descanse, pois Ele se encarrega de conduzir a embarcação.

6.       O medo da morte – Mc 4.38b (não te importas que pereçamos?)
Parece loucura mas pense comigo; se Jesus tivesse respondido essa pergunta teria dito: “não! Eu não me importo que vocês morram. Eu me importo que o Gadareno morra.”
Quando Jesus entra naquele barco, entra com um destino e nesse destino um proposito. O destino era GADARA e o propósito era não deixar o GADARENO morrer nas garras do diabo.

7.       A chegada – Mc 5.2
Embora satanás não conheça o futuro, ele sabia muito bem em que direção Jesus estava indo. O homem possesso foi o primeiro a recepcionar Jesus naquelas terras. O texto diz: “E, saindo ele do barco lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espirito imundo”. 
Lucas diz: “e não andava vestido nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros (Lc 8.27)”. E ainda: “E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dEle, (Lc 8.28)”.
Mateus diz: “Eis que clamava, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Viste aqui atormentar-nos antes do tempo? (Mt 8.29)”. QUEM DÁ DESCULPA PARA NÃO RECEBER JESUS COMO SENHOR DIZENDO: “QUE AINDA NÃO É O TEMPO”, É O DIABO!

8.       A libertação – Mc 5.15
Jesus libertou aquele homem. Não existe homem que Jesus não possa libertar. Ele estava possesso de uma potestade de uma legião de demônios, mas Cristo o libertou.
·         Jesus lhe devolveu a vida. – Mc. 5.13
“E Jesus lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos;”
Quando os espíritos malignos saíram a vida foi devolvida aquele homem.

·         Jesus lhe devolveu o juízo moral. – Mc. 5.5
E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras. Marcos 5:5

A bíblia diz que este homem habitava entre os sepulcros e se automutilava numa clara evidência de insanidade causada pelos demônios. No texto em tela quando Cristo o libertou o perfeito juízo foi devolvido a Ele.

·         Jesus lhe deu um ministério. – Mc. 5.19,20
Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. E ele foi e começou a anunciar em DECÁPOLIS quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam”.

Pr. Alexandre Pitante.

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