Texto:
“E outra vez, começou Jesus a
ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele
entrou e assentou-se num barco, sobre o mar, e toda a multidão estava em terra
junto ao mar (Mc 4.1).”
“E naquele dia, sendo já tarde,
disse-lhes: Passemos para a outra margem (Mc 4.35).”
“E chegaram à outra margem do
mar, à província dos gadarenos (Mc 5.1).”
Introdução
Como é lindo ver Cristo ensinando
seus colégio apostólico o valor de uma alma. Depois de um dia inteiro de
ministrações Jesus tem uma ideia que não era muito boa para os padrões náuticos
da época, fazer a travessia do mar da Galileia até Gadara no período noturno,
ainda mais um lago de 21 km de comprimento por 14 km de largura.
Você já se perguntou o propósito dessa viagem? Porque viajar
a noite? Porque gastar tanto tempo na ida, como também na volta e ficar
pouquíssimo tempo no destino?
E a resposta pra todas as
perguntas é uma só. Um homem possesso, Jesus queria liberta-lo.
Mas, ao mesmo tempo que a resposta
é uma só. O proposito em relação aos discípulos também é um só. Ensinar o valor
de uma alma e quanto devemos sofrer para ganha-las.
Fatores interessantes
do texto:
1.
Deixando
a praia - Mc 4.1,35
Embora na praia: TENHA JESUS, DOUTRINA
E AMIGOS (Mc 4.1,2). A ordem de Jesus é: “saiamos daqui e vamos para o outro
lado”. Jesus está levando os discípulos para uma aula pratica. Porque aprender
a teoria se eu não colocar em pratica? Deixar a praia não é fácil, porém,
algumas situações é necessário!
2. Jesus garante o êxito da viagem – Mc 4.35
Jesus estava imensamente cansado devido um dia de
ministrações, mas isso não lhe impediu de atravessar. Não obstante ao cansaço
era tarde para a viagem. A expressão: “passemos
para a outra margem” era a garantia do êxito da viagem.
Jesus disse isso porque já se via do outro lado. Porque
promessa e Realidade para Jesus é a mesma coisa.
3. Jesus deixa a multidão – Mc 4.36
A multidão “NEM SEMPRE” é a prioridade de Jesus. No meio da
massa tem um alguém que é a prioridade do Mestre. O Senhor pregou o dia inteiro
para uma multidão de gente mas deixou todos ali na praia para ir em direção de
UM HOMEM DO OUTRO LADO DO LAGO.
Será que os pregadores midiáticos de hoje deixariam de pregar
pra multidões na beira da praia para ir pregar para um homem endemoniado?
4. A tempestade – Mc 4.37, Mt 8.24, Lc 8.23
Mateus diz que o barco era varrido pelas ondas (Mt 8.24).
Marcos diz que se levantou grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam
contra o barco (Mc 4.37). Lucas diz que sobreveio uma tempestade de vento no
lago, correndo ele o perigo de soçobrar (Lc 8.23).
E pensar na tempestade é paradoxal! Porque se Cristo quer
chegar do outro lado e tem uma missão em Gadara. Porque ele colocaria um
impedimento no seu próprio caminho visto que é Ele que controla todas as
coisas? Jesus na verdade não permite a tempestade pra Ele mas para os
discípulos. A função da tempestade naquele contexto não era impedi-los de
chegar visto que Jesus disse que chegariam. A missão da tempestade é ensinar.
Ela é pedagógica. Ela é didática. Cristo queria mostrar pra eles muitas coisas
dentre elas o preço que se paga pra ganhar uma alma. Almas se ganham vencendo
tempestades!
5. A almofada – Mc 4.38
É interessante pensar que dentro de um barco tem uma
almofada e Jesus se apoderou dele e descansou em meio a tantos ventos. De um
lado Jesus dormindo e do outro os discípulos tentando controlar a embarcação a
todo custo apossados de remos em suas mãos, visto ser um elemento de transição.
Eles querem de qualquer forma sair dali.
Em uma viagem com Jesus no barco não leve remo, leve somente
uma almofada e descanse, pois Ele se encarrega de conduzir a embarcação.
6. O medo da morte – Mc 4.38b (não te importas
que pereçamos?)
Parece loucura mas pense comigo; se Jesus tivesse respondido
essa pergunta teria dito: “não! Eu não me importo que vocês morram. Eu me
importo que o Gadareno morra.”
Quando Jesus entra naquele barco, entra com um destino e
nesse destino um proposito. O destino era GADARA e o propósito era não deixar o
GADARENO morrer nas garras do diabo.
7. A chegada – Mc 5.2
Embora satanás não conheça o futuro, ele sabia muito bem em
que direção Jesus estava indo. O homem possesso foi o primeiro a recepcionar
Jesus naquelas terras. O texto diz: “E, saindo ele do barco lhe saiu logo ao
seu encontro, dos sepulcros, um homem com espirito imundo”.
Lucas diz: “e não andava vestido nem habitava em qualquer
casa, mas nos sepulcros (Lc 8.27)”. E ainda: “E, quando viu a Jesus,
prostrou-se diante dEle, (Lc 8.28)”.
Mateus diz: “Eis que clamava, dizendo: Que temos nós
contigo, Jesus, Filho de Deus? Viste aqui atormentar-nos antes do tempo? (Mt
8.29)”. QUEM DÁ DESCULPA PARA NÃO RECEBER JESUS COMO SENHOR DIZENDO: “QUE AINDA
NÃO É O TEMPO”, É O DIABO!
8. A libertação – Mc 5.15
Jesus libertou aquele homem. Não existe homem que Jesus não
possa libertar. Ele estava possesso de uma potestade de uma legião de demônios,
mas Cristo o libertou.
·
Jesus lhe devolveu a vida. – Mc. 5.13
“E Jesus lho permitiu. E, saindo aqueles
espíritos imundos, entraram nos porcos;”
Quando os espíritos malignos saíram a vida
foi devolvida aquele homem.
·
Jesus lhe devolveu o juízo moral. – Mc. 5.5
E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e
pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras. Marcos 5:5
A bíblia diz que este homem habitava entre os sepulcros e se
automutilava numa clara evidência de insanidade causada pelos demônios. No texto
em tela quando Cristo o libertou o perfeito juízo foi devolvido a Ele.
·
Jesus lhe deu um ministério. – Mc. 5.19,20
Jesus, porém, não lho permitiu, mas
disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas
o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. E ele foi e começou a anunciar
em DECÁPOLIS quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam”.
Pr. Alexandre Pitante.
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