Texto Bíblico: Lucas 18.1-8
Introdução: Esta passagem tem como ilustração sobre a necessidade e a eficácia da
oração persistente: “… o dever de orar
sempre e nunca desfalecer.” (v.1).
1- Um Juiz.
John Gill assevera que toda a cidade que contava com
uma população de cento e vinte homens ou mais, era dirigida por um grupo
governante de vinte e três homens. Nas cidades onde havia menos de cento e
vinte homens, três juízes eram nomeados, porque, nesses casos, não havia o
corpo governante de vinte e três elementos.
Esse Juiz
único era possível nas aldeias pequenas, embora não fosse
prática recomendada na literatura judaica.
De conformidade com Maimônides, as qualificações
daquele que deveria agir como juiz eram:
·
Sabedoria,
mansidão (ou modéstia).
·
Temor (isto é,
de Deus).
·
Ódio a mamom (ou
dinheiro).
·
Amor à verdade,
amor ao gênero humano, e ser Senhor de um bom nome.
“O caráter do Juiz, aqui delineado, é de tal tipo que
ele se permitia, com a mais total indiferença, ser controlado pelo egoísmo mais
desavergonhado.” (Lange, in Loc).
“Sua consciência estava morta, e não havia amor às
coisas aprovadas, e nem temor de culpa para suprir à ausência daquela.”
(Ellicott, in Loc.).
2- Naquela mesma cidade uma viúva.
A viúva aparece aqui como símbolo daqueles que
precisam ser defendida contra a exploração alheia, alguém relativamente sem
defesa, verdadeiramente dependente da bondade de terceiros para a sua
sobrevivência. Em uma época em que as mulheres eram muito menos independentes e
muito mais destreinadas para toda e qualquer ocupação industrial ou comercial.
“A viúva desejava não somente que ele pusesse fim à
sua causa interminável, mas também que ele a libertasse para sempre das mãos de
um poderoso adversário, o qual perseguia obstinadamente a uma mulher incapaz de
defender-se.” (Lange, in Loc.).
3- Desta parábola da viúva aprendemos que há três
elementos (segredos) indispensáveis à oração:
1- Confiança. Exemplos:
·
O salmista Davi.
(Sl 6.9).
·
O profeta Elias.
(Tg 5.17,18).
A Sagrada Escritura diz:
- “Chegamos,
pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia
e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” (Hb
4.16).
2- Humildade.
Humilhar perante o Senhor é manifestar o sentimento
da nossa fraqueza ou de nosso pouco ou nenhum mérito.
Este é o passo que conduz:
·
À honra. (Pv
15.33; 18.12).
·
À vitória. (2Cr 7.14;
Ec 9.11; 1Co 15.57; 2Co 2.14).
·
À exaltação. (Sl
147.6; Mt 23.12; Tg 4.10; 1Pe 5.6).
3- Perseverança. (v.1). Exemplos;
·
O salmista Davi.
(Sl 55.17).
·
O profeta
Daniel. (Dn 6.10).
·
Os apóstolos de
Jesus. (At 1.14).
As Sagradas Escrituras dizem:
- “Pedi, e
dar-se-vos-á, buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que
pede recebe; e o que busca encontra; e ao que bate se abre.” (Mt
7.7,8).
- “… perseverai
na oração.” (Rm 12.12b).
- “Perseverai em
oração…” (Cl 4.2ª).
- “Orai sem
cessar.” (1Ts 5.17).
Peroração
Quando Confiamos, Humilhamos e Perseveramos em
oração, crescemos em caráter, fé e esperança.
***
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