Introdução: Este texto tenciona ensinar o poder da fé, pois até mesmo nas circunstâncias mais adversas, a fé é adequada para conferir-nos o poder de Deus e trazer o sucesso dentro da miséria. Jesus é capaz de livrar seu povo de qualquer tempestade. (Sl 65.7; 69.11,2; 18.16,17; 42.7).
Quatro situações (realidades) vivenciadas pelos discípulos na grande tempestade:
1- Pânico na Tempestade. (v.37).
O mar da Galiléia fica a 213 metros abaixo do nível do mar Mediterrânio. O local goza de clima semitropical, e o ar quente ali produzido, ao chocar-se com o ar frio, proveniente dos montes próximos, com freqüência provoca tempestades violentas, o que é comprovado nos evangelhos.
Os temporais, no lago da Galiléia, eram súbitos e violentos, devido às condições atmosféricas e à configuração geográfica. Na vida diária, eles também podem ocorrer com prontidão devastadora. Jesus é a rocha em uma terra cansada. O maligno cria tais temporais, e sem a proteção de Deus, todos nós estaríamos perdidos, tanto física quanto espiritualmente.
2- Silêncio na Tempestade. (v.38a).
Notemos que Jesus dormia. Ele era um verdadeiro homem, e não um anjo a desempenhar um papel. Sendo homem, ele estava sujeito às debilidades humanas, ao cansaço e outras provas. Estava fadigado do trabalho do dia. Era um ser humano. Jesus, totalmente cansado, e desassossegado pelas exigências da multidão, buscou um momento de paz.
“Jesus dormia.” O grego foi vazado na forma enfática – “o próprio Jesus dormia” a fim de descansar o fato que, em meio à tão grande tempestade, Jesus ficou tão calmo que nem acordou. Quanto mais Jesus dormia, tanto mais piorava a crise. Conclusão: É possível dormir em meio à tempestade.
3- Indiferença na Tempestade. (v.38b).
Os discípulos tornaram-se – ateus ou deístas – temporários, e não teístas; supunham que o Messias e eles seriam repentinamente destruídos. Correram para Jesus com um clamor de acusação: “Como podes dormir assim, deixando-nos perecer?!” Foi apenas natural um grito desses, em uma emergência daquelas, mas seus clamores poderiam ter sido governados pela fé, e não pela dúvida amarga.
O Cristo que parece não se importar, na realidade é quem cuida supremamente do destino humano. O N. T. inteiro foi escrito para demonstrar esse fato.
4- Calmaria na Tempestade. (v.39).
A palavra dita por Jesus produziu calmaria instantânea. Sua voz ainda pode ser ouvida por aqueles que escutam. Nenhuma força, até hoje, pode pertubar ou causar destruição, quando a alma dá ouvidos à sua voz, e lhe obedece. Em sua voz está à substância da intervenção divina na vida humana, e todos nós precisamos muito dessa intervenção. Ele pode intervir e realmente faz intervenção.
A “calma” resultou da repreensão de Jesus ao vento e às ondas. Maior é a calma, quanto maior for a tempestade.
Outro tanto sucede na vida diária, prenhe de muitos perigos. Mas a palavra de Jesus é suficiente para acalmar o mar agitado da vida.
Espiritualmente falando, a maior lição que aqui há é que Cristo pode salvar a alma das tempestades repentinas da vida e da destruição final. Nele reside o poder salvador de Deus. (Hb 2.3).
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